18 janeiro 2006

o desabrigo...

Já por diversas vezes tenho chamado a atenção para a necessidade de um abrigo com banco na paragem da camioneta 471, na Rua Henrique de Paiva Couceiro, frente ao Largo do mesmo nome, junto à Estação de Oeiras.

Por dois motivos. Um, a habitual questão do clima. O local é batido ora pela chuva no Inverno, da qual as decrépitas árvores que estão no local não só não protegem mas ainda agravam mais, pingando consideravelmente sobre as pessoas, mesmo após parar de chover, ora batido pelo inclemente e tórrido sol de Verão.
O outro motivo também diz respeito ao tempo, mas ao cronológico. É que as camionetas, vá-se lá saber porquê, além de muito espaçadas para um transporte que se reclama de 'urbano', ora aparecem ora não, com atrasos e/ou supressão inexplicável de carreiras, quase diariamente, o que obriga frequentemente a longos períodos de espera, por vezes mais de 1 hora.

Analisando o local chega-se à conclusão contrária ao que uma observação apressada poderia fazer supor e que é a dificuldade em colocar no local um abrigo. Parece-me que com um pouco de bom-senso, compreensão e espírito prático, as coisas se resolveriam.
Por exemplo, acordando com a CP em recortar, recuando, um pouco o muro ficando o abrigo ligeiramente encaixado neste; removendo algumas árvores, decrépitas, para facilitar a circulação; alterando um pouco a configuração do passeio, sei lá! É para resolver tais problemas que as câmaras tem vereadores, doutores, engenheiros e técnicos, a quem não pagam nada mal (já que todos querem ir 'trabalhar' para elas...)

A verdade é que esta questão continua sem solução à vista.
E as pessoas - cidadãos, contribuintes, clientes, pagantes - tentam resolver o problema o melhor que podem. Quando não chove sentando-se num estreito ressalto saliente na base do muro. Se chove, claro que não se podem sentar ali e aguentam. Sejam novos, velhos, saudáveis, doentes ou deficientes...

Creio é que ontem alguém concluiu que não se conseguia sentar naquele ressalto tão estreito, baixo e desconfortável... ou talvez estivesse há muito tempo à espera da camioneta que nunca mais chegava e se fartou de estar em pé...
Pois ontem, quando cheguei ao local por volta das 13:57 foi assim que o encontrei:


Com um assento improvisado com uma cadeira de café!!

O pior é se a moda pega. Imagino o prejuízo que os estabelecimentos de restauração irão ter, com as pessoas - cidadãos, contribuintes, clientes, pagantes - a desviarem subrepticiamente as cadeiras para as paragens para poderem ter um pouco de conforto neste Concelho...

NÃO HÁ NINGUÉM QUE VEJA ISTO, PORRA !?


fotos: © josé antónio, 2006

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