17 março 2010

ave ou ovni...


Ontem, pouco depois de almoço, regressava eu a casa após ter ido à tabacaria do costume - não, não é a do Álvaro de Campos - abastecer-me de cigarros quando, como muitas vezes faço, parei à entrada do meu prédio próximo dum belo exemplar de Yuca ali existente, na esperança de nele ver, para além dos habituais pardais, um ou outro melro, visita também usual.


A minha intenção era fotografar e/ou filmar algum exemplar desse interessante espécime de ave que por aqui ainda vai sobrevivendo.

Ando sempre com a máquina fotográfica e a camcorder para aproveitar oportunidades que surjam de registar coisas interessantes, seja o que for.


Assim, ali estava eu qual papalvo a olhar para cima, para a copa da Yuca e a olhar também ao derredor para o ar e para os prédios, de onde de vez em quando voavam ou pousavam alguns pombos.


Num destes prédios, aliás, existe um falcão peneireiro, que por vezes oiço e já vi passar a piar, lançado como um foguete em direcção à Quinta do Barão, onde vai certamente caçar e alimentar-se. Há uns anos eram um casal, mas um deles desapareceu.


No meu deambular visual olhei para o bosquete da mencionada quinta, a cerca de 90 metros do ponto onde me encontrava.

Reparei então que sobre uma ramada duma alta e muito despida árvore estava uma mancha negra de razoável dimensão cujo contorno me lembrava uma ave.


Devo parar aqui esta narrativa para esclarecer que as minhas limitações visuais me fizeram perder a excelente acuidade visual que eu tinha, e que me foi difícil perceber bem e nitidamente a imagem.


Aquilo era para mim apenas uma mancha negra, mas movia-se. Isto era relevante e significativo.

Pela forma da mancha, pelos movimentos, pela pose sobre a ramada, deduzi que se tratava indubitavelmente duma ave. Mas que género?

Àquela distância e daquele tamanho teria que ser algo de grande porte, digamos ao nível de um pavão.


Fiz então o habitual. Uma fotografia e um vídeo.

Pouco se consegue ver pois a qualidade é muito fraca mas penso que dá para ter uma ideia.


Pouco depois a ave levantou voo e, então sim, as dúvidas, a existirem, dissiparam-se e consegui perceber que ela era esguia e tinha uma cauda longa.


Confesso, fiquei curioso em saber que ave era aquela!


a ave está mais ou menos ao centro da imagem

a ampliação possível

a ave empoleirada mais ou menos ao centro


fotografias e vídeo 16-03-2010, 14h57-15h07 © josé antónio • comunicação visual


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